Quarenta e sete pessoas suspeitas de integrar um grupo especializado em golpes do falso advogado foram indiciadas pela Polícia Civil do Tocantins após operações realizadas nos estados de Alagoas e Ceará. O grupo é suspeito de lesar ao menos vinte pessoas de diversos locais, causando um prejuízo de cerca de R$ 150 mil. O êxito para chegar aos supostos golpistas só foi possível graças aos registros feitos pelas vítimas junto às autoridades.
Diante disso, a Comissão de Fiscalização e Combate a Práticas Irregulares na Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) reforça a necessidade da denúncia junto à Ordem e, principalmente, às autoridades policiais, para que a situação seja investigada e os culpados possam ser punidos.
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“A Comissão orienta que, ao identificar indícios de falsidade profissional, a vítima reúna todas as provas, como conversas, comprovantes de pagamento e número de telefone usado pelos criminsos, entre em contato com o advogado habilitado e registre imediatamente o Boletim de Ocorrência. Só assim os órgãos competentes vão poder agir de forma rápida e eficaz”, afirma a presidente da Comissão, Priscila Barros.
Somente este ano, a OAB/AL já registrou mais de 400 casos de golpes do falso advogado, nos quais os criminosos se passam por um profissional da área e induzem os verdadeiros clientes dos advogados e advogadas a fazerem transferências de valores alegando pagamento de alguma custa processual.
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A OAB/AL, no entanto, alerta que os cidadãos precisam estar atentos a questões vinculadas ao pagamento de qualquer valor para advogados e advogadas. E se desconfiar, é importante buscar mais informações com o profissional por meio do contato que os clientes costumam falar com ele.
“O registro do Boletim de Ocorrência é de fundamental importância, pois essa formalização de denúncia junto à autoridade policial fortalece as investigações criminais, além de ajudar a combater a atuação ilegal de todos os que não detêm o poder da advocacia. Isso protege os verdadeiros profissionais, que são habilitados e evita que outros cidadãos sejam enganados nesse mesmo modus operandi”, completa.