O Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) identificou que a Fundação São Vicente de Paulo, conveniada com o Ministério da Saúde para ações na saúde indígena da Amazônia, apresentou orçamentos de alimentos obtidos junto a uma loja de autopeças.
A fundação atua no Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Negro, mas parte das cotações não corresponde a fornecedores do setor alimentício.
A auditoria detectou ainda que, em alguns casos, as três cotações exigidas por lei foram feitas com os mesmos fornecedores, além de contratos firmados sem consulta de preços. O convênio, iniciado em 2018, liberou até julho de 2023 cerca de R$ 184,3 milhões dos R$ 221 milhões previstos.
O relatório final, concluído em 2024, destaca falhas nos processos de compra e aponta necessidade de maior fiscalização dos recursos públicos destinados à saúde indígena.