Alagoas

Operação Comando Vermelho 2: ação integrada prende mais um integrante de facção criminosa

Um homem acusado de integrar uma facção criminosa foi preso na manhã desta sexta-feira, 1º, durante uma ação integrada da Chefia Geral de Inteligência Integrada da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) com equipes da Rotam, no município de Rio Largo.

O suspeito é filho de Ricardo Marchante, investigado por homicídios e por atuar na aquisição de armamentos para o grupo em Alagoas. A prisão é parte das ações da Operação Comando Vermelho 2, que tem como foco o desmantelamento de duas importantes células da facção criminosa no estado. Até o momento 30 pessoas já foram presas.

A prisão foi realizada de forma integrada por agentes da Inteligência da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e do Batalhão de Rotam, em uma ação de inteligência que aconteceu na cidade de Rio Largo, na região metropolitana de Maceió.

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Operação Comando Vermelho 2: caça aos principais nomes da facção

A prisão desta sexta faz parte da segunda fase da Operação Comando Vermelho, que tem como principal objetivo o desmantelamento da liderança da facção criminosa no estado. Entre os alvos ainda procurados estão Kayo Nascimento de Magalhães, conhecido como “99”, apontado como um dos braços operacionais do líder máximo da facção em Alagoas e José Emerson da Silva, conhecido como “Nem Catenga”, contra o qual há, até a presente data, seis mandados de prisão em aberto pelos crimes de homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico, organização criminosa, posse e porte ilegal de arma de fogo e uso de documento falso

De acordo com a Inteligência da SSP, tanto “99” quanto “Nem Catenga” estão escondidos no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. Ambos são considerados peças-chave na expansão das ações da facção em Alagoas, com atuação direta no planejamento de execuções, tráfico de drogas e articulação de ataques a grupos rivais.

Veja também: Fuzil enviado pelo chefe do crime do Rio de Janeiro é apreendido em Maceió

Para o delegado Gustavo Henrique, Chefe Geral da Inteligência Integrada da SSP, o foco do trabalho é localizar e prender toda a cadeia de comando da facção. Para ele, os trabalhos têm sido dificultados atualmente, porque as lideranças da facção adotam a estratégia de se esconder nas comunidades do Rio de Janeiro, onde as operações policiais são mais complexas por uma série de fatores, inclusive geográficos, fazendo com que esses indivíduos se sintam protegidos naquele estado.

“Porém, não nos interessa apenas prender os executores. Nosso foco é atingir os mandantes, os articuladores, quem está por trás do comando da facção. A prisão de hoje é um golpe importante porque enfraquece a retaguarda operacional da facção, principalmente no fornecimento de armas. Vamos continuar avançando”, destacou o delegado.

Força-tarefa contra o crime organizado

A Operação Comando Vermelho 2 é fruto de uma força-tarefa integrada que une a Secretaria de Estado da Segurança Pública, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público Estadual, a Polícia Civil, por meio da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), e a Polícia Militar de Alagoas.

A cooperação entre os órgãos tem garantido resultados expressivos no combate às facções que atuam em território alagoano, com dezenas de prisões realizadas nos últimos meses, além da apreensão de armas, munições e drogas.

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