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Ainda no desenrolar da operação ‘Overclean’, a Polícia Federal revelou que investigados na Bahia queriam destruir as provas da existência do esquema de desvios de emendas nos contratos entre o Dnocs e prefeituras baianas.
Segundo diálogos interceptados pela operação no último dia 7 o grupo criminoso, sob ordem do empresário Alex Rezende Parente, estavam utilizando, de forma continua, três máquinas trituradoras para apagar documentos, além da rotina para apagar dados digitais como apagar conversas em aplicativos de mensagem, a substituição de aparelhos celulares, troca de computadores, além da transferência de arquivos virtuais para locais seguros.
“As conversas revelaram uma ação coordenada e sistemática de destruição de provas, que incluía a utilização simultânea de três máquinas trituradoras operando continuamente. Os investigados receberam ordens diretas de Alex Rezende Parente, líder identificado da organização, para eliminar diversos tipos de documentos, incluindo carimbos de outras empresas, cotações impressas e propostas que pudessem evidenciar as fraudes”, destacou o juiz Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Federal em Salvador.”, disse o juiz Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Federal em Salvador, ao justificar a prisão preventiva de 17 suspeitos.
“Os investigados demonstraram especial cautela com propostas enviadas a diretores e qualquer documento que pudesse estabelecer vínculos entre as empresas envolvidas. A consciência da ilicitude ficou evidenciada nas conversas, com referências explícitas ao risco de investigações e até mesmo menções à Operação Lava Jato como exemplo a ser evitado. O planejamento incluía a realização da “limpeza” durante o final de semana.”, acrescentou o magistrado.