A queda iminente de Carlos Lupi, ministro da Previdência, virou assunto nos bastidores de Brasília. Envolvido em escândalos de corrupção, Lupi pode ser descartado para conter danos ao governo. A velha imprensa, ansiosa por uma saída honrosa, já empurra seu substituto: Wolney Queiroz, ex-deputado do PDT de Pernambuco e atual número dois da pasta.
Mas a troca está longe de ser solução. Wolney carrega a herança política de Caruaru, onde seu pai, José Queiroz, rivaliza há décadas com os Lyra, família da atual governadora Raquel Lyra. A tensão entre os clãs é notória e deve se intensificar com a possível nomeação. Brasília já ouve o tilintar das pedras no telhado de vidro de Wolney.
A crise, antes localizada na Previdência, pode ganhar contornos regionais. Lupi cai, mas o problema continua, agora enraizado em Pernambuco. E, como se não bastasse, Ciro Gomes já se afastou do projeto lulista no Ceará. O caos se alastra.
