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Presidente moçambicano diz a Mnangagwa que ninguém separará “irmandade”

“Meu irmão mais velho, queremos agradecer por este gesto que demonstra a nossa irmandade, entre os nossos dois países, entre os nossos povos, uma irmandade que ninguém vai separar. Ela durará para sempre, porque nós somos irmãos e nós somos africanos”, disse Chapo, em Chimoio, província de Manica, após receber um donativo alimentar da ZimAid, através do presidente zimbabueano, para apoiar as vítimas dos últimos ciclones em Moçambique.

 

“Estivemos juntos, estamos juntos e estaremos juntos para sempre. Ninguém vai nos separar, porque somos dois povos irmãos. É por isso que falamos a mesma língua, temos a mesma cultura, os mesmos apelidos, porque somos irmãos e vamos continuar irmãos”, garantiu o chefe de Estado moçambicano, recordando o apoio anterior do país vizinho, em 2022, com mil toneladas de milho e 45 toneladas de soja, entre outros bens, então para os deslocados vítimas dos ataques terroristas.

“Vim carregado, com algumas coisas pequenas que tenho”, disse por sua vez Emmerson Mnangagwa, ao intervir na cerimónia, em Chimoio, sublinhando que o apoio ao “povo irmão” de Moçambique é um exemplo da “irmandade” entre os dois países.

“Somos um só povo” disse Mnangagwa, sublinhando igualmente a necessidade de reforçar a cooperação regional.

“Hoje enfrentamos um único inimigo: as mudanças climáticas, cheias, secas, que resultam em perdas de vidas (…) não há fronteiras”, disse ainda o presidente do Zimbabué.

Este novo apoio alimentar do Zimbabué a Moçambique será distribuído pelas populações das províncias no centro e norte do país atingidas entre dezembro e março últimos por três ciclones.

“Foi mais uma calamidade natural que causou dezenas de mortes e pessoas deslocadas e destruição de bens públicos e privados, na sequência de chuvas intensas e ventos fortes na época chuvosa 2024-2025. Moçambique foi assolado por três ciclones tropicais, nomeadamente: Chido, Dikeledi, e Jude, que causaram a morte de mais de 300 pessoas, e mais de dois milhões de pessoas foram afetadas”, recordou o presidente moçambicano.

Daniel Chapo sublinhou que os dois países estão hoje de “mãos dadas” a lançar os “alicerces” para as respetivas independências económicas: “Moçambique e Zimbabué têm uma parceira estratégica, mantendo e desenvolvendo um relacionamento sólido nos mais diversos domínios, nomeadamente económico (…). Nós vamos continuar juntos no domínio económico, social, político, diplomático, segurança e várias outras áreas”.

Acrescentou que os dois governos estão “a trabalhar juntos para a melhoria das condições do funcionamento dos portos”, em Moçambique, que servem as importações e exportações do Zimbabué, dos corredores de desenvolvimento, “principalmente o Corredor da Beira”, dos aeroportos, caminhos-de-ferro, estradas e energia elétrica.

“Para fortificar a nossa cooperação económica e comercial e melhorar, cada vez mais, o bem-estar dos nossos povos, que é nosso objetivo”, concluiu Chapo.

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