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Previsão do tempo para julho: como ficam as chuvas e a temperatura, segundo o Inmet

Foto: Freepik

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica predomínio de chuvas próximas à média em grande parte do Brasil no mês de julho.

Em áreas do norte da região Norte, oeste do Paraná e nordeste do Rio Grande do Sul, a tendência para o próximo mês é de chuvas abaixo da média. Já em áreas pontuais dos extremos oeste, norte e nordeste do país, são previstas chuvas acima da média .

Em julho, na região Norte, são previstas chuvas mais localizadas no leste do Acre, extremo noroeste do Amazonas e em áreas do norte do Pará. Em contrapartida, a previsão indica chuvas abaixo da média climatológica em praticamente todo o Amapá e na divisa de Roraima com o Amazonas.

Nas demais áreas da região, o Inmet indica que os volumes previstos devem ficar próximos à média histórica, período em que, climatologicamente, já se observa uma redução das chuvas.

Na região Nordeste, as chuvas devem ficar acima da média histórica no norte do Ceará, sudoeste da Paraíba, leste e centro de Pernambuco e nordeste de Alagoas, com acumulados que podem ultrapassar os 60 mm.

No restante da região, a previsão indica volumes de chuva próximos à média. Os meteorologistas do Inmet destacam que, no interior nordestino, normalmente tem-se a redução das chuvas durante esta época do ano.

Para as regiões Centro-Oeste e Sudeste, são previstos volumes de chuva próximos à climatologia, com acumulados inferiores a 50 mm. Em localidades do sudoeste de Mato Grosso e oeste de Mato Grosso do Sul, podem ocorrer chuvas ligeiramente acima da média.

Já a região Sul deve ter chuvas acima da média no centro-leste do Paraná e no sul do Rio Grande do Sul, onde os acumulados podem ultrapassar os 130 mm.

Áreas do nordeste do Rio Grande do Sul e oeste do Paraná, por sua vez, devem receber chuvas abaixo da média. Nas demais áreas da região, são previstos acumulados próximos à média histórica.

previsão do tempo em julho
Fonte: Inmet

Temperaturas em julho

A previsão indica que as temperaturas devem ficar acima da média em quase todo o país, especialmente nas regiões Norte, Centro-Oeste e oeste da região Nordeste. Destaque para o centro-sul do Pará, norte e sudoeste de Mato Grosso, onde as temperaturas podem alcançar até 2 °C acima da média, além da região do Matopiba (áreas de Cerrado do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), onde as temperaturas podem variar entre 25 °C e 28 °C.

No leste da região Nordeste e norte da região Sudeste, a previsão do Inmet é de temperaturas acima da média para todos os estados, com áreas pontuais próximas à climatologia. As temperaturas devem variar entre 24 °C e 26 °C.

Já em áreas do sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, além do leste de São Paulo, as temperaturas podem ficar acima de 16 ºC e em áreas de maior altitude podem ocorrer declínio da temperatura e formação de geadas, devido a incursão de massas de ar frio.

A região Sul deve apresentar temperaturas acima da média no centro-norte do Paraná, enquanto que no sudoeste do estado as temperaturas devem ficar próximas à média, assim como o estado de Santa Catarina.

No Rio Grande do Sul, devem predominar temperaturas abaixo da média, com médias de temperatura podendo ficar abaixo dos 15 °C.

Áreas pontuais no oeste do Paraná e no centro de Santa Catarina também podem apresentar valores abaixo da média. Além disso, em áreas de maior altitude podem ocorrer declínio da temperatura e formação de geadas.

Impactos no agro

A previsão de aumento das temperaturas e menor regularidade das chuvas podem comprometer as culturas permanentes e as pastagens no centro-sul do Pará, especialmente nas áreas com baixa reposição hídrica. De acordo com o Inmet, também há risco para o desenvolvimento de culturas irrigadas com alta demanda evaporativa.

As chuvas previstas acima da média em áreas da região do Sealba (região que abrange porções de Sergipe, Alagoas e Bahia) podem beneficiar a safra do feijão e do milho terceira safras. Na região do Matopiba, o risco de estresse hídrico é maior, sobretudo para as lavouras de milho que estão em fase de floração.

No Centro-Oeste, a escassez de chuvas ao longo do mês pode favorecer as atividades de colheita do milho segunda safra e do algodão, assim como a colheita de café e cana-de-açúcar no Sudeste. Entretanto, as altas temperatura e a baixa umidade relativa aumentam a demanda evaporativa, o que requer a necessidade de um manejo cuidadoso do solo.

Embora a previsão aponte temperaturas acima da média para essas regiões, o Inmet não descarta a possibilidade de declínio da temperatura e formação de geadas. Elas podem causar danos pontuais ao milho segunda safra ainda em estádio reprodutivo, mas também favorecer o trigo em fase inicial de desenvolvimento.

No Sul, a ocorrência de chuvas durante o mês de julho pode dificultar a semeadura e o estabelecimento inicial dos cultivos de inverno. Além disso, a previsão de temperaturas mais baixas aumenta a probabilidade de geadas, que podem representar risco às culturas mais sensíveis, como hortaliças e frutíferas, diz o instituto.

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