Na nota, o Ministério Público explicou que uma comissão de inquérito documentou 146 “violações graves dos direitos humanos”, nas quais “foi possível confirmar” o envolvimento de oficiais das milícias, dos quais “11 suspeitos”, para além dos 172 com mandados de captura, já levados a tribunal, adiantou.
Sedik al Sour apelou aos membros das forças de segurança para que “atuem rapidamente na localização e detenção dos acusados”, pedindo que nos seus respetivos locais de trabalho suspendam ou adiem outras tarefas para que possam dedicar-se exclusivamente à busca e captura dos membros da SSA.
O procurador salientou que, durante a investigação, “foram ouvidos 201 depoimentos” de pessoas afetadas e testemunhas, e que continua à procura de outras pessoas relacionadas com os casos, que estão desaparecidas.
O titular do Ministério Público sublinhou a “determinação” do Estado em responsabilizar quem praticou as “graves violações” cometidas, “independentemente das filiações dos autores”, e reiterou que a justiça e os direitos humanos “continuam a ser uma prioridade nacional”.
A SSA esteve no centro dos confrontos em Tripoli em maio passado, numa súbita escalada militar, em que o seu antigo líder, Abdel Ghani al-Kikli, conhecido como “Gheniwa”, foi morto.
Desde a queda de Muammar Kadhafi, em 2011, a Líbia tem sido palco de vários confrontos armados entre milícias, além de duas guerras civis, que deixaram o país africano com grandes danos materiais, incluindo em casas e infraestruturas civis.
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