Alagoas

Professora morta pelo filho após briga motivada por dívidas: entenda ponto a ponto

A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (25) Matteos França Campos, de 32 anos, filho da professora de história Soraya Tatiana Bomfim Franca, de 56 anos. Ele confessou que matou a mãe durante uma discussão.

Entenda abaixo ponto a ponto o que se sabe sobre o crime até o momento.

Quem matou Soraya?

Matteos França Campos, de 32 anos, é o principal suspeito de matar a mãe, a professora Soraya Tatiana Bomfim Franca, de 56 anos. Ele confessou o crime à polícia logo após ser preso. Mãe e filho moravam juntos em um apartamento no Bairro Santa Amélia, Região da Pampulha, em Belo Horizonte.

Como Soraya foi morta?

Segundo a polícia, o laudo que determinará a causa da morte ainda não foi concluído. No entanto, Matteos confessou que enforcou a mãe na noite de sexta-feira (18), dentro de casa, durante uma discussão. O suspeito contou que logo após o assassinato levou o corpo de Soraya no porta-malas do carro dela e o deixou embaixo de um viaduto, em Vespasiano, na Grande BH.

Onde o suspeito foi preso?

A Polícia Civil prendeu Matteos nesta sexta-feira (25), na casa do pai dele, em Belo Horizonte, onde ele estava morando desde a morte da mãe. Ele não resistiu à prisão e logo depois confessou o crime. Segundo a polícia, ele foi preso de forma temporária porque há indícios suficientes de que ele seja o autor do crime. Mas a investigação não foi finalizada e ainda há pontos para serem esclarecidos.

Segundo ele, as discussões entre os dois eram frequentes desde que ele começou a acumular dívidas. Matteos alegou que enfrenta um colapso financeiro decorrente de apostas em jogos online e do acúmulo de empréstimos consignados. O valor da dívida não foi revelado. A polícia disse que a versão apresentada por ele ainda não foi confirmada pela investigação.

Qual a linha de investigação da polícia?

Desde o início da investigação a Polícia Civil seguiu uma linha principal, e que foi confirmada: o filho matou a mãe. Porém, ainda trabalham com duas possibilidades. Em uma delas, Matteos matou a mãe em decorrência da briga que tiveram; na outra, o crime foi premeditado por ele.

Quais foram as principais pistas?

Em depoimento à polícia, um amigo de Matteos contou que ele tinha discussões com a mãe motivadas por problemas financeiros. A polícia também analisou imagens de câmeras de segurança que mostraram que toda a ação, da briga até o abandono do corpo, aconteceu entre 17h e 20h30. O carro usado para transportar a vítima ainda está sendo periciado. O celular dele não foi encontrado.

Houve violência sexual?

Não há indício de que houve violência sexual. No entanto, Matteos tirou as roupas da mãe e fez marcas no corpo dela para simular um crime sexual e não ser associado ao crime.

Como ele tentou acobertar o crime?

Foi Matteos que registrou o boletim de ocorrência do desaparecimento de Soraya. Ele também chegou a pedir para uma tia ir até o apartamento onde ele morava com a mãe. Um chaveiro foi chamado para entrar no local, que estava vazio e sem sinais de violência. Ele quem reconheceu o corpo da mãe no Instituto Médico Legal (IML) no domingo (20).

Ele agiu sozinho? Quem sabia do crime?

Até o momento não há indícios de outras pessoas envolvidas no assassinato. Matteos agiu sempre sozinho. Ele também não contou para ninguém que matou a mãe, segundo o que alegou à polícia.

Como o corpo de Soraya foi encontrado?

O corpo de Soraya foi encontrado no domingo (20) embaixo de um viaduto em Vespasiano, na Grande Belo Horizonte. Ele estava coberto por um lençol, seminu e com marcas de violência sexual (simuladas pelo filho) e queimaduras – que ainda não foram esclarecidas pela polícia.

Quem era Soraya?

A professora Soraya Tatiana Bonfim França tinha 56 anos, era licenciada em História pela Puc Minas e dava aulas no Colégio Santa Marcelina, em Belo Horizonte, desde 2017. Segundo a direção da escola, ela ministrava aulas para as turmas do 7° e 9° anos. Nos últimos anos, ela assumiu a coordenação do Projeto Cidadania, iniciativa que existe há mais de 20 anos no colégio. Ela era divorciada e deixou mãe e pai vivos.

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