Pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) alcançaram um marco na reprodução artificial do pirarucu (Arapaima gigas), espécie amazônica valorizada pela gastronomia e moda. Pela primeira vez, foi possível coletar e analisar o sêmen do peixe, passo essencial para consolidar um protocolo de reprodução em cativeiro e garantir oferta contínua de alevinos.
O avanço é fruto de nove anos de pesquisa no âmbito do projeto internacional Aquavitae e já traz impactos para piscicultores. Com a técnica de sexagem por canulação, produtores aumentaram a taxa de reprodução de duas para até sete por casal ao ano.
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A pesquisa descreve pela primeira vez as células espermáticas da espécie. Os pesquisadores da Embrapa desenvolveram métodos para identificar o sexo e coletar sêmen do peixe, feitos que não eram factíveis há poucos anos.
O método já permitiu que piscicultor obtivesse até sete reproduções por ano, em vez de duas, após a adoção da técnica.
O próximo desafio dos cientistas é aprimorar a fertilização artificial e desenvolver um método de criopreservação do sêmen, possibilitando maior controle reprodutivo da espécie. Ainda no âmbito da Criopreservação, os pesquisadores pretendem avançar com a domesticação completa do pirarucu.
O estudo foi publicado na revista científica Fishes e representa um avanço para a aquicultura sustentável no Brasil.
*Com informações da Agência Embrapa de Notícias
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