Perto da localidade de Ulken, no sul do país, especialistas da Rosatom, a agência russa de energia atómica, iniciaram a perfuração de poços para recolher amostras do solo, bem como avaliar a estabilidade sísmica e as características hidrológicas do terreno.
Esses trabalhos de prospeção são fundamentais para determinar a localização segura da central nuclear.
“Hoje é apenas o primeiro passo, mas é aquele que decide o caminho do Cazaquistão para a formação de uma nova indústria de alta tecnologia na economia do país”, disse o diretor da AEA, Almasadan Satkaliev, na cerimónia de inauguração da obra.
A construção da central nuclear, com conclusão prevista em 2035-2036, vai envolver um investimento de entre 14 e 15 mil milhões de dólares (cerca de 12 a 13 mil milhões de euros, ao câmbio atual), acrescentou a mesma fonte.
As graves consequências para a população e o meio ambiente deixadas pelos testes nucleares realizados na época soviética no nordeste do Cazaquistão adiaram durante anos o debate sobre a conveniência do uso da energia atómica no país.
Por iniciativa do Presidente cazaque, Kasim-Jomart Tokayev, em 06 de outubro do ano passado, realizou-se um referendo no país sobre a construção de uma central nuclear no sul do território, iniciativa que foi apoiada por 71,12% dos eleitores.
Depois da consulta, Tokayev anunciou que o Cazaquistão planeava construir mais duas centrais nucleares.
Na semana passada, o primeiro vice-primeiro-ministro cazaque, Roman Sklyar, anunciou que as duas centrais vão ser construídas pela China, numa localização ainda por decidir.
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