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Sistema dá sinais de desgaste e avalia descarte de Moraes e Lula

Nos bastidores da política, cresce a leitura de que o arranjo institucional criado para conter a direita começa a se esgotar. Alexandre de Moraes e o presidente Lula, antes tratados como pilares de estabilidade, passam a ser vistos pelo próprio establishment menos como soluções e mais como fontes de desgaste.

No Judiciário, Moraes acumulou protagonismo sem precedentes no STF, centralizando decisões e investigações. Internamente, essa postura foi tolerada como reação ao avanço conservador. No exterior, porém, gerou críticas, ruídos diplomáticos e questionamentos sobre liberdade de expressão e devido processo, transformando o ministro em um problema de imagem para o sistema.

No Executivo, Lula voltou ao Planalto como figura de transição, prometendo previsibilidade e pacificação. A terceira gestão, no entanto, acumula deterioração fiscal, expansão de gastos e sinalizações erráticas ao mercado, reduzindo sua utilidade política. Nesse cenário, cresce a percepção de que ambos cumpriram um papel, mas passaram do ponto de equilíbrio, enquanto forças com base social real seguem impossíveis de serem neutralizadas por atalhos institucionais.

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