Internacional

Suécia exige que UE congele parte comercial do acordo de associação com Israel

“A situação em Gaza é absolutamente terrível e Israel não está a respeitar as suas obrigações mais fundamentais e nem os acordos firmados em relação à ajuda humanitária de emergência”, escreveu Kristersson na rede social X.

 

“Portanto, a Suécia exige que a União Europeia suspenda a parte comercial do acordo de associação o mais rápido possível. A pressão económica sobre Israel deve ser intensificada. O Governo israelita deve permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza sem entraves”, acrescentou.

“Ao mesmo tempo, a pressão sobre o Hamas deve aumentar para que os reféns sejam libertados de forma imediata e incondicionalmente. A Suécia congratula-se com o facto de mais países no Oriente Médio estarem a exigir que o Hamas seja desarmado e não tenha mais lugar em um futuro governo em Gaza”, declarou ainda o primeiro-ministro sueco.

No início desta semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Caspar Veldkamp, declarou que, se Israel não cumprir as suas obrigações humanitárias, os Países Baixos vão pressionar para a suspensão da parte comercial do acordo de associação entre a UE e Israel.

Os 27 têm-se mostrado divididos quanto à postura a adotar em relação a Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza contra o Hamas, que teve início após os ataques do grupo islamita palestiniano ao território israelita em 07 de outubro de 2023.

Vários Estados-membros, incluindo a Alemanha, insistem no direito de Israel se defender, em conformidade com o direito internacional, enquanto outros, como a Espanha, denunciam o “genocídio” contra os palestinianos em Gaza.

Um relatório da Comissão Europeia, apresentado aos 27 Estados-membros no final de junho, concluiu que Israel estava a violar um artigo do acordo de associação entre o país e a UE relativo ao respeito pelos direitos humanos.

O Executivo europeu esteve a trabalhar na sua resposta desde então, debatendo várias opções possíveis: proibir determinadas exportações ou rever a sua política de vistos, entre outras.

A sua proposta, apresentada na segunda-feira, consiste na suspensão parcial da participação de Israel no importante programa de investigação Horizonte Europa. O alvo específico são ‘startups’ especializadas em cibersegurança, ‘drones’ e inteligência artificial.

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