Um homem identificado como Nallyson, mais conhecido pelo apelido de “Papudo”, apontado como líder de uma facção criminosa que atua no Agreste de Alagoas, morreu nesta quinta-feira, 25, após trocar tiros com a polícia durante uma operação no bairro Canafístula, em Arapiraca, Agreste alagoano. Ele também é suspeito de estar envolvido com a execução de um homem com 20 disparos durante a madrugada.
De acordo com o delegado Edberg Oliveira, que coordenou a ação, em entrevista ao portal JáÉNotícia, o suspeito reagiu à tentativa de prisão e atirou contra as equipes. Na troca de tiros, acabou sendo baleado. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
“Esse é um indivíduo bastante conhecido aqui em Arapiraca por liderar uma organização criminosa. Ele é suspeito e mandante de vários homicídios, além de comandar o tráfico de drogas, principalmente na região do Agreste. Nós vínhamos monitorando e tentando capturá-lo, já que existiam três mandados de prisão contra ele”, explicou o delegado.
Segundo Oliveira, em relação ao crime da noite anterior, o suspeito “estava dentro do carro dando suporte aos dois executores que estavam numa motocicleta.[…] Há relatos que esse indivíduo que foi morto teria trabalhado ou trabalhava para ele, e o crime teria sido cometido após uma desavença”, relatou.
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Dentro do imóvel, a polícia encontrou três armas de fogo — duas pistolas 9mm e um revólver calibre .38 — além de um quilo de crack, maconha, cocaína, balança de precisão e cadernos de anotações do tráfico.
O delegado destacou ainda a violência com que “Papudo” costumava agir. “Era característico dele executar vítimas com inúmeros disparos de arma de fogo, numa tentativa de mostrar poder. Inclusive, esse último homicídio, com 20 disparos, tem a assinatura dele”, disse.
A operação foi conduzida pela Delegacia Regional de Polícia de Arapiraca, com apoio da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e de um helicóptero da segurança pública.
As investigações continuam para identificar e capturar outros integrantes da facção criminosa.