“Cerca de 30 caças da Força Aérea israelita atingiram dezenas de alvos militares no Irão”, incluindo um “centro de comando de mísseis estratégicos” de longo alcance na área de Yazd (centro), atacada “pela primeira vez”, referiu o exército israelita, em comunicado.
Também foram atingidos “lançadores de mísseis” nas regiões de Isfahan (centro), Bushehr (sul) e Ahvaz (sudoeste), acrescentou a mesma fonte.
Entretanto, as equipas de socorro israelitas relataram ter prestado cuidados a 23 pessoas após ataques com mísseis desencadeados pelo Irão em todo o país, incluindo “duas em estado moderado e as outras levemente feridas”, disse aos jornalistas Eli Bin, chefe do Magen David Adom (MDA), o equivalente israelita da Cruz Vermelha.
A televisão pública KAN 11 transmitiu imagens dos danos causados “no centro” de Israel. mostrando um prédio de vários andares com a fachada completamente destruída e edifícios severamente danificados em redor.
“Vários prédios residenciais de dois andares foram severamente danificados, alguns dos quais desabaram”, disse o socorrista do MDA, Moti Nissan.
A polícia israelita disse que foi chamada a pelo menos dois pontos de impacto, um em Haifa (norte) e outro em Ness Ziona (sul de Telavive).
O conflito entre Israel e Irão começou na madrugada de 13 de junho, com Telavive a lançar um ataque sem precedentes contra o país persa, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano para fins militares.
O Irão tem repetidamente negado o desenvolvimento de armas nucleares e reivindica o direito a realizar atividades nucleares pacíficas.
Os ataques de Telavive destruíram infraestruturas nucleares do Irão e assassinaram altos comandos militares e cientistas iranianos que trabalhavam no programa nuclear.
Teerão tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas e várias instalações militares espalhadas pelo país.
Esta noite, os Estados Unidos anunciaram que se envolveram militarmente no conflito, atacando instalações nucleares iranianas.
Os ataques “terão consequências eternas”, garantiu o chefe da diplomacia iraniana, Abbas Araghchi, afirmando que Teerão mantém em aberto “todas as opções para defender a sua soberania, os seus interesses e o seu povo”.
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