Karl Marx foi um escritor alemão, de origem judaica, criador das bases teóricas do socialismo/comunismo. A aplicação prática de suas teorias foi responsável pela morte de milhões de pessoas por regimes socialistas, especialmente na extinta União Soviética. Marx pregava, de forma expressa, que para a implantação do socialismo seria necessário, até mesmo, a eliminação de populações inteiras.
Fácil concluir que as teorias de Karl Marx são manifestamente pérfidas, que devem despertar a ojeriza de qualquer observador sério e com um mínimo de humanidade.
Com uma frequência ainda mais rara do que o aparecimento do cometa halley, por vezes, por um cano esgoto corre um único filete de água limpa. Neste sentido, certa feita, Karl Marx afirmou, acertadamente, que, no capitalismo, os governos não passam de balcões para gerir os negócios da burguesia.
Nos governos municipais (prefeituras) esse cenário assume contornos escancarados, uma vez que a quase totalidade dos produtos e serviços adquiridos pelas mais diversas secretarias municipais são vendidos e prestados, respectivamente, pelos detentores do poder, aí incluídos agentes políticos (vereadores) e integrantes do poder executivo.
Obviamente, as empresas que celebram contrato com o poder público não pertencem, formalmente, aos agentes públicos acima mencionados, mas antes, a parentes e “laranjas”, que fazem fortuna vendendo e prestando serviços, via de regra, em valores acima daqueles praticados no mercado.
A regra é clara: para se embolsar dinheiro público, há que se GASTAR dinheiro público.
Sem incidir em qualquer ato de leviandade, apresentando, tão somente, um questionamento, e suscitando uma breve análise, indago: por que, em nosso Município, a bancada de oposição é tão pouco numerosa, em contraponto à bancada governista que abriga a quase totalidade dos vereadores.
“Vereador sem prefeito é pescador sem vara, é policial sem arma”.
Para não ficar de fora da festa, que se constitui na distribuição das mais diversas benesses, vereadores, ao primeiro sinal de vantagem, passam a declarar amor incondicional ao prefeito e a defender integralmente suas pautas, além de passar a fingir que todos os problemas, que outrora apontavam, deixaram de existir.
No apagar das luzes deste ano de 2022, o Prefeito do nosso Município enviou projeto de lei à Câmara Municipal, pedindo regime de urgência, devendo ser convocada sessão extraordinária para votação de projeto que aumenta de forma confiscatória o IPTU de nossa cidade, por meio da expressiva majoração do valor venal do metro quadrado dos imóveis.
O projeto é indecente, indigno, de teor manifestamente confiscatório, e, se aprovado, pode, até mesmo, inviabilizar a manutenção da propriedade de bens imóveis no nosso município, pois muitos proprietários não terão condições financeiras de pagar o tributo.
Vale dizer, o prefeito da nossa cidade, especialmente a burocracia não eleita que o cerca, e que, de forma ilegítima, assumiu as rédeas da administração do nosso município, que convencionamos chamar de gabinete do mal, quer obrigar você, cidadão, a pagar IPTU em montante que vai inviabilizar a manutenção da sua propriedade privada. E não só, você que paga aluguel com dificuldade vai sofrer com um expressivo aumento do IPTU, já que o locatário, em regra, é o responsável pelo pagamento do imposto, o que pode tornar seu aluguel um encargo impossível de ser suportado.
Os únicos que podem evitar essa tragédia são nossos parlamentares. Contudo, atualmente, a bancada de oposição conta com apenas 3 vereadores, enquanto o prefeito tem ao seu lado a esmagadora maioria, 12 vereadores.
Portanto, a chave para evitar que essa tentativa de lesar profundamente o povo de Paulo Afonso por meio desse indecente aumento de IPTU, está nas mãos dos vereadores que compõem a base do prefeito, o qual, por meio do gabinete do mal, a toda evidência, já negocia com tais parlamentares, ofertando benesses das mais diversas, seduzindo-os a votar de acordo com os interesses do governo, ou seja, do gabinete do mal, interesses que são diametralmente opostos aos do povo.
Diante disso, indago aos vereadores da base do governo: vocês entrarão para a história como parlamentares que defenderam os interesses do povo que dizem representar, ou como cidadãos que defenderam os interesses de um grupo político, e, via de consequência, deram às costas ao povo, largando-os à própria sorte?!
Os integrantes do gabinete do mal, em regra, possuem imóveis em outros municípios e estados. Se o destinatário das medidas tomadas por um burocrata é uma universalidade de pessoas, e nunca esse burocrata, que não é atingido, estando sempre a salvo, essa medida é ILEGÍTIMA.
Convoco tais vereadores a resgatar o resquício de dignidade que, talvez, ainda possuam e, num lampejo de coragem, ainda que episódica, digam NÃO a essa indignidade proposta pelo prefeito e pela ilegítima burocracia não eleita que o cerca.
TODA COVARDIA SERÁ CASTIGADA!