O ministro Dias Toffoli decidiu que qualquer deliberação relacionada ao caso Banco Master no TRF-1 deverá passar previamente pelo Supremo, concentrando no tribunal o controle de um processo que envolve suspeitas graves de fraude. A medida atende pedido da defesa de Daniel Vorcaro, que alegou menção a um deputado federal durante buscas da Polícia Federal para justificar prerrogativa de foro.
A decisão ocorre em procedimento já marcado por sigilo crescente: em 2 de dezembro, Toffoli ampliou a confidencialidade a ponto de ocultar até iniciais dos investigados. Vorcaro, preso por 12 dias, foi solto por determinação da desembargadora Solange Salgado, representada pelo mesmo escritório jurídico do banqueiro.
A operação apura a venda de carteiras de crédito falsas ao BRB por meio da empresa de fachada Tirreno, em prejuízo de bilhões. Mesmo assim, o banco aceitou restituição parcelada de R$ 6,7 bilhões. Toffoli ainda participou de evento patrocinado pelo Banco Master sem esclarecer quem financiou seus custos, ampliando as dúvidas sobre o alcance de sua atuação no caso.





