Pelo menos três soldados das Forças de Defesa de Israel (Israel Defense Forces, IDF) foram suspensos e vão cumprir alguns dias na prisão devido a insubordinação.
A condenação foi primeiro avançada pela estação televisiva Kan e depois confirmada pelas tropas israelitas.
Segundo a emissora, quatro soldados do 931.º Batalhão de Nahal foram afastados do combate, depois de explicarem aos comandantes que estavam “com uma crise interna profunda.”
Três deles foram condenados a cumprir 12 dias de prisão, enquanto a quarta pessoa ainda não foi sentenciada.
As IDF confirmaram que os soldados foram afastados porque “se recusarem a entrar no combate na Faixa de Gaza.”
Segundo o exército israelita, os soldados foram vistos por médicos, nomeadamente, dedicados à saúde mental, que adiantaram que eles “estavam aptos a participar em combate.”
“Após um processo disciplinar, os combatentes mantiveram a sua recusa e foram, por isso, condenados a uma pena de prisão numa prisão militar”, afirma a IDF.
As IDF afirmam que o caso foi tratado com “sensibilidade e de acordo com as ordens”, acrescentando que encaram “a insubordinação de forma grave, especialmente durante o combate, e continuarão a defender a disciplina e os valores de comando.”
O exército israelita anunciou uma “pausa tática” diária nos combates em várias zonas da Faixa de Gaza e a segurança dos corredores humanitários para os comboios da ONU e de organizações não-governamentais (ONG) com destino ao território palestiniano.
No entanto, pelo menos 31 habitantes da Faixa de Gaza morreram esta madrugada enquanto aguardavam ajuda humanitária ou em resultado de bombardeamentos, horas depois de o exército israelita ter anunciado esta “pausa tática” diária nas atividades militares.
O exército da Jordânia disse ter realizado três lançamentos aéreos de ajuda humanitária sobre a Faixa de Gaza, um dos quais em conjunto com os Emirados Árabes Unidos, referindo que foram lançadas 25 toneladas de ajuda humanitária.
Na sexta-feira, Berlim, Londres e Paris solicitaram, numa declaração conjunta, ao Governo israelita que levantasse as restrições à entrega de ajuda humanitária para permitir à ONU e às ONG humanitárias realizarem o trabalho de combate à fome na Faixa de Gaza.
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