O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quer reunir-se com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, já na próxima sexta-feira, dia 22 de agosto.
Segundo avançou o meio de comunicação social norte-americano Axios, a intenção de Trump foi revelada aos líderes europeus após a sua reunião com Putin, na Cimeira do Alasca, na noite de sexta-feira.
Duas fontes familiarizadas com a chamada entre Trump, Zelensky e os líderes europeus, que durou “um pouco mais de uma hora”, indicaram que o presidente norte-americano quer realizar uma cimeira trilateral “rapidamente”.
“Trump disse a Zelensky e aos outros participantes da chamada que deseja realizar uma cimeira trilateral rapidamente, já em 22 de agosto”, disseram as duas fontes à Axios.
Na chamada, sublinhe-se, participaram a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Friedrich Merz, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o secretário-geral na aliança transatlântica NATO, Mark Rutte.
O mesmo meio de comunicação indicou que Putin manifestou-se disponível para interromper as operações militares nas regiões de Zaporíjia e Kherson em troca da retirada total das tropas ucranianas do Donbass.
No entanto, a Cimeira do Alasca, na Base Aérea de Elmendorf-Richardson, nos arredores de Anchorage, terminou sem qualquer anúncio em relação a uma solução para a guerra na Ucrânia, apesar dos elogios aos progressos por ambas as partes.
Já após o encontro com Putin, que durou cerca de três horas, Donald Trump afirmou que o fim da guerra na Ucrânia estava nas mãos de Zelensky.
“Agora, depende realmente do presidente Zelensky para que isso seja feito. E também diria que os países europeus precisam de se envolver um pouco, mas isso depende do presidente Zelensky”, declarou em entrevista ao canal norte-americano Fox News.
Os líderes europeus também já se manifestaram “prontos para trabalhar” com os presidentes norte-americano e ucraniano para uma cimeira trilateral, mas avisaram que Moscovo não tem poder de veto sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia e à NATO.
“Tal como previsto pelo presidente Trump, o próximo passo deverá ser agora novas negociações, incluindo o presidente Zelensky, com quem se irá reunir em breve. Estamos também prontos para trabalhar com o presidente Trump e o presidente Zelensky no sentido de uma cimeira trilateral com apoio europeu”, escreveram hoje, num comunicado conjunto, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e os líderes do Reino Unido, França, Alemanha, Finlândia, Itália e Polónia.
Thank you @POTUS for the update on discussions in Alaska.
The EU is working closely with @ZelenskyyUA and the United States to reach a just and lasting peace.
Strong security guarantees that protect Ukrainian and European vital security interests are essential.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 16, 2025
O chanceler alemão, Friedrich Merz, afirmou, inclusive, que a “data e o local ainda serão determinados”, mas foi proposto que “tal local pudesse ser na Europa”.
O líder alemão apontou que este poderia “ser o local onde essas discussões ocorrem permanentemente”, sem citar nenhuma cidade ou país específico.
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