O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reúne nesta terça-feira (11) com o rei Abdullah da Jordânia para discutir um polêmico plano que visa a transferência permanente de palestinos da Faixa de Gaza para o território jordaniano. Essa proposta, que já enfrenta resistência do governo jordaniano, inclui a ameaça de Trump de cortar a ajuda financeira ao país caso não haja aceitação do plano. A ideia de transferir mais de dois milhões de palestinos de Gaza é amplamente rejeitada por líderes árabes e pela população palestina, mas é vista com bons olhos por Israel.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já instruiu sua equipe a elaborar um plano para facilitar a emigração dos palestinos que residem na região. A Jordânia, que abriga atualmente 2,3 milhões de palestinos que se tornaram refugiados desde 1948, enfrenta um dilema com essa proposta. A iniciativa de Trump e Netanyahu é criticada por muitos como uma forma de limpeza étnica e anexação da Faixa de Gaza, o que levanta preocupações sobre a violação dos direitos humanos. O Hamas, grupo que controla Gaza, também se opõe à transferência, reafirmando que a região pertence ao seu povo.
Além disso, a proposta é considerada uma violação do direito internacional, que proíbe o deslocamento forçado de populações civis. Em meio a esse cenário tenso, Trump fez declarações ameaçadoras, afirmando que Gaza se tornará “um inferno” novamente se o Hamas não cumprir com a promessa de libertar os reféns israelenses no próximo sábado (15). O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um apelo para que todas as partes envolvidas respeitem o cessar-fogo e evitem a escalada das hostilidades na região.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira