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Ucrânia avisa que é preciso medir as intenções de Putin pelas suas ações

“As intenções de Putin devem ser medidas não pelas suas palavras, mas pelas suas ações concretas”, escreveu Andrii Sybiha na rede X, um dia após a cimeira entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, no Alasca, que terminou sem um acordo de cessar-fogo na Ucrânia.

 

Na mensagem, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano adiantou ter falado com o seu homólogo norueguês, Espen Barth Eide, com quem falou sobre os contactos mantidos com Trump no sábado pelo Presidente ucraniano, Volodymir Zelensky.

Sybiha sublinhou que, no contexto atual, é crucial continuar a fazer progressos na obtenção de garantias de segurança credíveis para a Ucrânia.

Além disso, sublinhou a importância de fazer “pleno uso” dos ativos russos congelados e de “garantir apoio macrofinanceiro a longo prazo à Ucrânia” para reforçar a sua resiliência.

Depois de falar com Sybiha, Barth Eide disse, em declarações recolhidas pela imprensa norueguesa VG, que “Putin quer ir direto para as negociações de paz, mas a Ucrânia quer que haja um cessar-fogo primeiro que mostre que a Rússia é séria e que permita que as negociações de paz ocorram numa atmosfera com um nível menor de stress”.

O ministro norueguês reiterou o seu apoio a esta posição, que, segundo ele, também é apoiada pela maioria dos líderes europeus.

O governante também destacou que o Governo em Kyiv está disposto a reunir-se com Putin e já expressou a sua disposição de participar de uma cimeira trilateral, como indicou hoje o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que anunciou uma visita a Washington na próxima segunda-feira.

“[A reunião] pode acontecer rapidamente. Um cessar-fogo não é um requisito absoluto, mas eles [os ucranianos] vão argumentar que seria inteligente”, disse Barth Eide.

Antes, o Presidente norte-americano disse que “todos” preferem ir “diretamente para um acordo de paz” e não “um mero acordo de cessar-fogo” para acabar com a “terrível guerra” na Ucrânia, uma mudança na posição defendida até agora por Donald Trump.

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