Saúde e bem estar

Veja as profissões com maior potencial para o futuro

Em 28 de abril é celebrado o Dia Mundial da Educação, instituído há 25 anos no Fórum Mundial de Educação para incentivar uma educação mais inclusiva, igualitária e de qualidade. Com os avanços da sociedade, o cenário educacional também está mudando, refletindo nas escolhas dos estudantes e nas novas demandas do mercado de trabalho.

Segundo um relatório global do Fórum Econômico Mundial (FEM) divulgado em janeiro, estima-se que, até 2030, 92 milhões de empregos serão eliminados, enquanto 170 milhões de novas vagas serão criadas, resultando em um saldo positivo de 78 milhões de empregos.

O estudo destaca que as carreiras em alta nos próximos anos incluem desenvolvedores de software e aplicativos, especialistas em gestão de segurança, analistas e cientistas de dados, designers de UI/UX, especialistas em internet das coisas (IoT) e profissionais da área de veículos autônomos e elétricos.

Aspectos considerados na escolha do curso superior

Diante desse panorama, Alexey Carvalho, doutor em Educação e reitor do Centro Universitário Anhanguera de São Paulo, explica que fatores como perspectivas de empregabilidade, de remuneração salarial e o valor do curso ainda são determinantes na escolha do ensino superior.

No entanto, para as novas gerações, o alinhamento do curso com propósitos pessoais e profissionais tem ganhado destaque. “Os estudantes buscam cursos que tragam mais significado e estejam conectados às suas aptidões e interesses”, afirma.

A tecnologia também tem papel fundamental nessas decisões. “Com uma era hiperconectada, a tecnologia influencia tanto a forma de estudo presencial, a distância ou híbrida, quanto a escolha dos cursos. Instituições que oferecem plataformas robustas, materiais didáticos adequados e diferenciais tecnológicos ganham vantagem competitiva”, explica o professor.

Áreas da saúde, tecnologia e estética despontam no mercado

Alexey Carvalho destaca que algumas áreas tendem a crescer expressivamente nos próximos anos. “Com o envelhecimento populacional, as áreas da saúde e do cuidado serão cada vez mais requisitadas. Paralelamente, o crescimento da Inteligência Artificial e a transformação digital impulsionam a demanda por profissionais de tecnologia e dados”, explica.

Além disso, podem surgir novas ocupações. “Algumas estimativas apontam que a IA criará ocupações que ainda nem existem, como especialistas em engenharia de prompts e auditores de IA. A odontologia e a estética também continuam se expandindo, assim como a retomada do interesse por cursos como Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional”, acrescenta.

Cursos tradicionais costumam ter alta demanda de alunos no Brasil Imagem: Monkey Business Images | Shutterstock

Demanda por cursos tradicionais e formação de professores cresce no Brasil

Alexey Carvalho aponta que, no Brasil, a porcentagem de pessoas com ensino superior ainda é baixa em relação aos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). “Isso explica a alta demanda por cursos tradicionais, como Direito, Medicina, Enfermagem, Administração e Psicologia. Além disso, com iniciativas governamentais como o Programa Pé de Meia das Licenciaturas, espera-se um aumento na busca por cursos de formação de professores, incluindo Pedagogia, que já está entre os mais procurados”, afirma.

Universidades atualizam currículos para atender novas exigências do mercado

O professor explica que as universidades estão adaptando suas matrizes curriculares para atender às novas exigências do mercado. “Os conteúdos passam por constantes atualizações, não apenas para acompanhar as demandas do mercado, mas também devido às mudanças nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN). Embora tenham autonomia, as Instituições de Ensino Superior (IES) precisam seguir as diretrizes do Ministério da Educação estabelecidas para cada curso, além de atender aos conteúdos exigidos no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE)”, diz.

Habilidades essenciais para o profissional do futuro

Além da formação acadêmica, Alexey Carvalho enfatiza a importância de desenvolver habilidades essenciais. “Independentemente da área, profissionais precisam ter capacidade de resolver problemas complexos, pensamento crítico, interpretação de dados, inteligência emocional e flexibilidade para se adaptar a novas situações”.

Por fim, o doutor em Educação e reitor da Anhanguera reforça a necessidade do aprendizado contínuo. “Independentemente da área de atuação, ou carreira escolhida de início, atualmente as áreas estão cada vez mais com atuação multidisciplinar. Neste sentido, o lifelong learning, aprendizado contínuo ao longo da vida, deve estar presente em qualquer profissional, sendo importante o profissional do futuro estar preparado para evoluir constantemente e entender de que forma pode contribuir para equipes e organizações com suas competências”, conclui.

Por Bianca Lodi Rieg

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