Saúde e bem estar

Veja como cuidar da saúde íntima no outono 

As estações mais frias, como o outono, podem afetar a saúde feminina. A imunidade oscila com as variações climáticas, e a redução na ingestão de água, aliada a mudanças nos hábitos de higiene, pode comprometer o equilíbrio delicado dessa região, elevando o risco de desconfortos e infecções ginecológicas.

Segundo a ginecologista Dra. Renata Moedim, a queda de temperatura, o ar mais seco e as oscilações imunológicas típicas da estação criam um ambiente propício para desequilíbrios na flora vaginal, abrindo espaço para infecções como candidíase e vaginose bacteriana.

“Quando a imunidade cai, o organismo fica mais vulnerável a fungos e bactérias oportunistas. E isso não acontece só com as vias aéreas — o mesmo vale para a região íntima, que depende de um equilíbrio muito sensível entre microrganismos”, explica a médica.

O tipo de roupa usada no outono também pode contribuir para as infecções. “Além disso, no outono as mulheres tendem a usar mais roupas apertadas, tecidos sintéticos e a ficar com a região abafada por mais tempo, o que contribui para a proliferação de fungos”, acrescenta.

Outono pode impactar os hormônios 

A ginecologista explica que o outono pode provocar alterações hormonais sutis por conta da menor exposição solar e das mudanças no ritmo do organismo, o que impacta até mesmo na lubrificação natural e no pH vaginal. “Quando a flora vaginal perde sua acidez natural, o ambiente se torna mais propício para infecções. Por isso, é comum pacientes relatarem coceira, corrimento diferente e até desconforto na relação sexual durante esse período do ano”, observa Dra. Renata Moedim.

O ideal é utilizar roupas íntimas de algodão no outono Imagem: VLADIMIR VK | Shutterstock

Cuidando da saúde íntima no outono

Para manter a saúde íntima em dia no outono, a médica indica usar roupas íntimas de algodão e evitar tecidos sintéticos e calças muito apertadas, bem como duchas vaginais e produtos perfumados que alteram o pH vaginal. 

“Vale ficar de olho nos sinais, como coceira, odor forte ou corrimento incomum, já que o corpo feminino sente o clima. Entender esse impacto é uma forma de cuidar da saúde íntima de maneira preventiva”, conclui a Dra. Renata Moedim.

Por Mayra Barreto Cinel

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