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“Vitória abre caminho para uma expansão drástica dos acordos de paz”

“Lutámos resolutamente contra o Irão e alcançámos uma grande vitória. Esta vitória abre caminho para uma expansão drástica dos acordos de paz”, defendeu Benjamin Netanyahu num vídeo divulgado pelo seu gabinete.

 

Em 2020, os Acordos de Abraham, patrocinados pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, durante o primeiro mandato na Casa Branca, levaram à normalização das relações entre Israel e três países árabes: Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos.

Netanyahu, que enfrenta um longo julgamento por vários casos de corrupção, solicitou o adiamento das próximas audiências, tendo o advogado apontado “os acontecimentos na região e no mundo”, referindo-se aos conflitos com o Irão e na Faixa de Gaza.

“Juntamente com a libertação dos nossos reféns e a vitória sobre o Hamas, abriu-se uma janela de oportunidade — não devemos deixá-la escapar. Não devemos desperdiçar um único dia”, defendeu o chefe do Governo israelita no vídeo.

Antes da guerra no enclave palestiniano, desencadeada em 07 de de outubro de 2023 com os ataques em solo israelita do grupo islamita Hamas, a Arábia Saudita tinha iniciado discussões com Washington, incluindo a perspetiva de normalização das relações com Telavive, em troca de um acordo de segurança e apoio ao programa nuclear civil.

Mas, desde a ofensiva israelita de retaliação na Faixa de Gaza, Riade condicionou estas conversações ao estabelecimento de um Estado palestiniano, o que Israel rejeita, tornando a perspetiva de um acordo menos provável no contexto atual.

Além da guerra no território palestiniano, com o Hamas a conservar a posse de duas dezenas de pessoas feitas reféns nos ataques há 20 meses, Israel iniciou uma campanha de bombardeamentos no Irão em 13 de junho, justificada com a criação iminente de uma arma nuclear, o que é refutado por Teerão.

Após quase duas semanas de ataques cruzados contra os respetivos territórios, um cessar-fogo entrou em vigor na terça-feira, dois dias depois de os Estados Unidos terem bombardeado instalações nucleares iranianas.

Desde o começo do conflito com o Hamas, as forças israelitas estiveram também envolvidas em hostilidades com o movimento xiita libanês Hezbollah e com o grupo rebelde iemenita Huthis, todos aliados do Irão.

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