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“Serial killer” fingiu estar grávida de uma das vítimas de envenenamento

A Polícia Civil de São Paulo investiga novas evidências no caso de Ana Paula Veloso Fernandes, apontada como uma serial killer acusada de matar quatro pessoas por envenenamento. Segundo informações, ela teria simulado uma gravidez com a ajuda de sua irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, para enganar Hayder Mhazres, uma das vítimas.

De acordo com documentos obtidos pela CNN, Ana Paula conheceu o tunisiano de 21 anos por meio de um aplicativo de namoro e, pouco depois, iniciou um relacionamento com ele. Em conjunto com a irmã, teria criado uma falsa narrativa de gestação, com o objetivo de obter benefícios financeiros e forçar um possível casamento.

Como o golpe foi articulado

De acordo com o inquérito, Ana Paula e Roberta chegaram a enviar fotografias simulando a gravidez e mensagens em árabe com conteúdo ofensivo e ameaçador aos familiares da vítima.

A polícia aponta que, após a recusa de Hayder em manter o relacionamento, as irmãs planejaram sua morte. O crime ocorreu em maio deste ano, em um hotel na região central de São Paulo, onde o jovem estava hospedado com o irmão.

A morte de Hayder Mhazres

Hayder começou a passar mal subitamente e foi ao banheiro, de onde não retornou. O SAMU foi acionado, mas ele não resistiu. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) registrou a morte como suspeita por envenenamento.

As investigações indicam que Ana Paula esteve diversas vezes no local antes e depois do ocorrido. Ela foi quem declarou o óbito, informando endereço incorreto, o que atrasou o socorro.

Em depoimento, Ana Paula admitiu o relacionamento com Hayder e reconheceu estar nas proximidades do hotel no momento da morte, mas negou envolvimento direto. Mesmo assim, as provas coletadas — como mensagens, registros de localização e testemunhos — apresentaram contradições em relação à versão dela.

Outros crimes e prisão

A Polícia Civil classificou o caso como homicídio qualificado, com motivo torpe e uso de veneno. Ana Paula Veloso Fernandes foi presa em julho deste ano e é investigada por quatro homicídios praticados com o mesmo método.

Ela também é acusada de tentar ocultar informações, alterar versões dos fatos e omitir o envolvimento da irmã em parte das ações. As diligências seguem para esclarecer a dinâmica completa dos crimes e identificar outros possíveis participantes.

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