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Bolsonaro desiste de duas testemunhas em audiência do STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro desistiu, nesta sexta-feira (30), de ouvir duas testemunhas arroladas no processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A audiência, retomada à tarde, integra a ação penal contra Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, réus no chamado Núcleo 1 da investigação.

As testemunhas dispensadas foram o coronel do Exército Wagner de Oliveira e o ex-servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Giuseppe Dutra Janino. Apesar das desistências, outros nomes ligados ao Planalto seguem prestando depoimentos à Corte.

Quem ainda será ouvido nesta fase do processo?

Na mesma audiência, continuam os depoimentos do general Gustavo Henrique Dutra, arrolado pela defesa de Anderson Torres, além de dois ex-integrantes do governo Bolsonaro: Renato Lima França, que atuou como assessor de assuntos jurídicos da Presidência, e Jonathas Assunção Salvador Nery, ex-secretário executivo da Casa Civil.

As oitivas integram a reta final das audiências do STF com testemunhas ligadas aos réus do processo. Na próxima segunda-feira (2/6), o senador Rogério Marinho (PL-RN) será o último a ser ouvido nessa etapa da ação penal.

Impacto da desistência das testemunhas

A decisão da defesa de abrir mão de dois depoimentos pode indicar uma mudança de estratégia no processo, que busca reduzir o tempo das audiências ou evitar possíveis contradições. Por outro lado, a manutenção de nomes estratégicos, como Marinho e os ex-assessores do Planalto, mostra que a defesa ainda aposta em depoimentos que possam afastar Bolsonaro das acusações de articulação golpista.

O processo julgado pelo STF apura a responsabilidade de integrantes do governo anterior em supostos atos para desestabilizar o regime democrático, especialmente após o resultado das eleições de 2022.

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