Internacional

Brasil aumenta capacidade de produção de aço perante ameaças de Trump

Lula da Silva elogiou a iniciativa da Gerdau e sua confiança no país, mas não fez nenhuma alusão às políticas tarifárias do governo americano.

No entanto, em evento anterior e numa possível referência a essas decisões polémicas, mas sem esclarecer o contexto, ele afirmou: “Não adianta o Trump ficar gritando de lá, porque eu aprendi a não ter medo de cara feia. Fale manso comigo, fale com respeito comigo, que eu aprendi a respeitar as pessoas e quero ser respeitado. É assim que a gente vai governar este país”, disse.

A Gerdau, com um investimento de 238 milhões de euros, vai ampliar a capacidade de produção anual de bobinas de aço da fábrica em 200 mil toneladas, elevando-a para 1,1 milhão de toneladas por ano.

A siderúrgica esclareceu, no entanto, que toda a produção será destinada ao mercado interno.

O complexo da Gerdau na cidade de Ouro Branco, que inclui outras fábricas, responde por 12% do aço produzido no país, que totalizou 33,7 milhões de toneladas no ano passado, segundo dados do setor.

Quase metade da produção tinha como destino os Estados Unidos, pelo que as tarifas que Trump promete aplicar a partir de quarta-feira a este produto e ao alumínio desencadearam sérios receios no setor.

O Governo brasileiro optou pela cautela, embora Lula da Silva tenha avisado que, se a ameaça de Trump se concretizar, responderá com “reciprocidade”.

Mesmo assim, o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, conversou na semana passada com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, para buscar uma forma de negociação.

Embora não tenha sido confirmada oficialmente, uma das possibilidades que o Brasil aceitaria seria que os Estados Unidos definissem cotas para o aço e o alumínio brasileiros, como aconteceu quando Trump, no primeiro mandato, também taxou esses produtos.

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