O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) intensificou sua atuação junto ao governo Donald Trump para endurecer as sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em reunião com representantes do Departamento de Estado dos EUA, o parlamentar pediu o bloqueio total das contas bancárias do magistrado, inclusive em reais, em território brasileiro.
Durante a conversa, Eduardo entregou matérias da imprensa brasileira traduzidas para o inglês, que apontam que os bancos nacionais entenderam que a sanção financeira imposta ao ministro só proibiria operações em dólar — e não em moeda local.
O parlamentar sustentou que essa interpretação seria equivocada e que, de acordo com o entendimento do Departamento de Estado norte-americano, as sanções da Lei Magnitsky deveriam abranger qualquer operação financeira, independentemente da moeda. Isso incluiria o bloqueio de contas e transações em reais no Brasil.
Segundo aliados, Eduardo busca que os EUA pressionem diretamente os bancos brasileiros, seja por meio de comunicados formais, seja com ameaças de sanções às instituições que não cumprirem os efeitos da Lei Magnitsky contra Moraes. O gesto foi interpretado por ministros do STF como uma tentativa explícita de desestabilizar o funcionamento do Judiciário brasileiro.
Como o STF reagiu à atuação de Eduardo Bolsonaro?
Durante a reabertura dos trabalhos do Judiciário, nesta sexta-feira (1º), ministros da Suprema Corte fizeram discursos em defesa de Alexandre de Moraes e condenaram a ação de Eduardo Bolsonaro no exterior.
O decano Gilmar Mendes afirmou que “um deputado, na linha de frente do entreguismo, fugiu covardemente para os EUA” com o objetivo de fomentar ataques à soberania brasileira — em alusão direta a Eduardo, embora sem citá-lo nominalmente.
Já o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, exaltou a atuação de Moraes no combate às tentativas de golpe e destacou os “altos custos pessoais” pagos pelo ministro ao proteger as instituições democráticas do país.
Em seu próprio discurso, Moraes afirmou que as sanções e articulações feitas por investigados no exterior seguem o mesmo modus operandi golpista usado no ataque de 8 de janeiro de 2023. Ele classificou como “covarde e traiçoeira” a tentativa de brasileiros investigados de usar a influência estrangeira para pressionar o STF e obstruir o andamento das ações penais.
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