Poucos minutos antes da confirmação oficial de que os Estados Unidos impuseram sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) usou as redes sociais para atacar o magistrado e prever sua queda.
“Sei que Alexandre de Moraes não tem compaixão nem misericórdia — e é justamente por isso que ele vai cair”, escreveu o parlamentar no X (antigo Twitter).
A fala veio em meio à repercussão da decisão do governo norte-americano de aplicar a Lei Magnitsky contra Moraes. A legislação permite sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos ou corrupção. Segundo Eduardo, a medida representa “um marco histórico e um alerta”.
“O mundo está olhando para o Brasil”, declarou o deputado em seu canal no Telegram. “Abusos de autoridade agora têm consequências globais.”
Na mesma publicação, Eduardo enviou um recado ao Congresso Nacional e voltou a pedir uma anistia ampla, geral e irrestrita aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023, cuja maioria dos acusados responde por crimes contra a democracia. “Chegou a hora do Congresso agir. A anistia é urgente para restaurar a paz e devolver a liberdade aos perseguidos”, disse.
No X, o deputado também rebateu críticas e comparações ao seu posicionamento: “Não confundam estratégia com fraqueza. Comparar o que estamos fazendo com a ‘carta do Temer’ é um erro infantil.”
As declarações de Eduardo acontecem em um momento de forte tensão institucional. A sanção contra Moraes foi anunciada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), órgão do Departamento do Tesouro dos EUA. As penalidades podem incluir bloqueio de bens e proibição de entrada em território americano.
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