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Na ONU, Lula diz que é preciso ‘procurar os erros que a democracia cometeu’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou, na manhã desta quarta-feira (24/9), em uma reunião que debate a defesa da democracia e o combate ao avanços extremistas no mundo. Além do Brasil, o encontro foi organizado pelos líderes do Chile, Espanha, Colômbia e Uruguai, e contou com a participação de 30 países, entre eles México, França, Alemanha, Canadá, Quênia e Senegal.

Na fala, Lula defendeu uma autocrítica das lideranças democráticas. “O que é que nós deixamos de fazer para fortalecer a democracia? Onde é que nós erramos? Porque muitas vezes a gente ganha as eleições com um discurso de esquerda e quando a gente começa a governar, a gente atende muito mais os interesses dos nossos inimigos”, afirmou o brasileiro.

Lula iniciou a fala com um retrospecto de sua trajetória e lembrou que não se interessava por política na juventude. “Eu tinha muito orgulho de dizer que não gostava de política, e não gostava de quem gostava de política. Eu não sabia que era pura ignorância minha, porque a desgraça de quem não gosta de política é que é governado por quem gosta. E se quem gosta pensa diferente da gente, a gente nunca vai ter o governo que sonhamos ter”, ponderou o presidente da República. 

Na sequência, Lula recordou o processo de criação do Partido dos Trabalhadores e as primeiras eleições disputadas pela sigla até a primeira vitória presidencial, em 2002. A partir daí, Lula dedicou a fala a cobrar os líderes presentes por uma defesa ativa da democracia e um maior comprometimento de lideranças progressistas com a organização popular. “O que me importa hoje é a gente responder onde é que os democratas erraram? Onde é, e o momento, que a esquerda errou? Por que nós permitimos que a direita crescesse com a força que está crescendo? É virtude deles, ou é incompetência nossa?”, questionou o presidente.

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