O Tribunal Superior Eleitoral instituiu uma comissão que vai elaborar propostas para aprimorar o enfrentamento ao que for enquadrado como ‘desinformação’ durante o próximo pleito presidencial. As sugestões balizarão as resoluções a serem editadas pela Corte para as eleições de 2026.
Segundo a portaria, o grupo deverá “debater e propor diagnósticos, pesquisas, programas, projetos e campanhas destinadas à implementação por este Tribunal Superior Eleitoral de medidas para o aperfeiçoamento do sistema de combate à desinformação eleitoral e de práticas que possam gerar constrangimento à liberdade do eleitor”.
A comissão será composta por nove membros, entre juízes, representantes do Ministério Público e especialistas de diferentes áreas do conhecimento.
Entre os integrantes estão a advogada Estela Aranha, assessora da ministra Cármen Lúcia no TSE e ex-secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça, e Alexandre Espinosa, vice-procurador-geral eleitoral. Também fazem parte do grupo os especialistas Virgílio Almeida (engenharia e ciência da computação), Marilda Silveira (direito público e eleitoral), Dora Kaufman (impactos sociais da inteligência artificial), Laura Schertel (direito privado e proteção de dados), Silvio Meira (engenharia eletrônica) e Bruno Bioni (privacidade e fundador da Data Privacy Brasil). Um juiz auxiliar da presidência do TSE também será designado.
A comissão deverá entregar um relatório com recomendações que possam ser incorporadas às normas eleitorais do próximo ano, contemplando parcerias com plataformas digitais.
O TSE já possui iniciativas para verificação de conteúdo, mas a avaliação interna é de que o cenário tecnológico e legislativo evoluiu desde o último ciclo eleitoral, exigindo ajustes ainda mais rigorosos.
Esta notícia TSE cria comissão sobre ‘desinformação’ eleitoral para pleito de 2026 apareceu primeiro no Conexão Política.
Acompanhe os bastidores da política nacional e internacional no Conexão Política.